A Associação Teares do Sul se destaca na confecção de ponchos e cobertores de lã crua
Mesmo antes do inverno ter chegado no estado o frio já tinha dado as caras por aqui. Era um pronuncio do viria pela frente. Faltando pouco mais de um mês para o fim da estação, o inverno deste ano tem sido extremamente rigoroso como a muitos anos não se via. As ondas de frio tem derrubado as mínimas o que faz aumentar a procura por roupas mais quentes.
Quem pode comemorar com a friagem que tem feito, já os artesões que fazem parte da Associação Teares do Sul, que há mais de três anos tem se dedicado a produção de produtos à base de lã ovina. O grupo que se reuni as segundas, quartas e sextas, praticamente tem tido bastante trabalho para conseguir entregar todas as encomendas por causa do grande volume de pedidos.
Eles fazem parte de um projeto que início dentro da Casa da Economia Solidária e que hoje, três anos depois se tornou uma grande fonte de renda para as diversas pessoas envolvidas. Uma grande cadeia produtiva é beneficiada desde os produtores rurais que podem vender a sua lã diretamente para a associação e também as barracas de lã e cooperativas que são parcerias do negócio.
A associação produz hoje peças de lã crua que geralmente é adquirida direto com o produtor , depois passa por um processo de lavagem e beneficiamento e retornar para os artesões em rolos de cinco quilos. Em seguida começa o processo de fabricação que é totalmente artesanal desde a confecção dos fios um a um, até o trabalho nas rocas manuais.
São poncho de lã crua, cobertores, xergões , entre outros produtos como explica Fernando dos Santos Trindade, 64 anos, artesão da Casa da Economia Solidária e um dos fundadores da Teares do Sul. “Nós estamos trabalhando muito bem. Fomos em uma feira em Santa Maria e vendemos praticamente tudo o que nós tínhamos. Existe uma grande procura pelo nosso trabalho. Os preços variam, um poncho adulto sai na média por R$300,00 reais. Já o cobertor casal em torno da R$280,00 o xergão grande está na base de R$45,00 reais” destaca o artesão.
São produtor 100% santanenses que levam a marca do município que é o maior produtor de ovinos do país. A Associação Teares do Sul também faz parte de outros projetos como é o caso de um deles desenvolvido em parceria com a UMIPAMPA onde visou a capacitação de pessoas com algum tido de deficiência física. “A gente recebe o apoio da UNIPAMPA, da UERGS e do IFSUL, e através dessa parceria eles fizeram um projeto para a gente dar aulas para a associação de surdos e mudos do município. Vieram 8 alunos e 2 deles ficaram trabalhando com a gente pelo excelente trabalho que eles fazem” disse o artesão.
A Associação Teares do Sul faz parte da Casa da Economia Solidária e está localidade na Ru Rivadavia Correia nº60.
Por: [email protected]
